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IPÊS, JACATIRÕES, FLAMBOIÃS...

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras. http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br

 Recebi, da minha amiga Urda, de Blumenau, uma apresentação belíssima, feita de fotos de ipês de todas as cores: vermelho, rosa, amarelo, branco. Árvores inteiras, galhos, ramos, um festival de cores e formas, coisa das mais bonitas, coisa de Mãe Natureza.

        Lembrei-me disso, hoje, quando saí pra caminhar, ao encontrar um pé de ipê amarelo – aquele que se transforma no segundo sol da nossa rua, – e vi que as folhas estão começando a cair e nas pontas dos galhos estão despontando os botões que breve florescerão.
        Sei que em outras regiões eles já floresceram, mas aqui o tempo, meio fora de esquadro, atrapalha um pouco as estações e as flores também estão desabrochando algumas mais cedo, outras mais tarde. Como o ipê, que se veste de ouro, a azaleia, que deveria eclodir em julho e só agora está começando a abrir, como o flamboiã, que tinge de vermelho nossos caminhos, como o jacatirão, que também é de julho e ainda está florescendo. O meu pé de manacá-da-serra, o jacatirão de inverno, está florescido desde maio. Não é uma generosidade imensa da Mãe Natureza?
        O certo é que, atrasado ou não, minha rua terá, novamente, o seu sol particular e um tapete de luz para os seus caminhantes, como em todos os anos.
        E por falar em tapete, os amores-perfeitos estão lindos no nosso jardim e por aí afora. As oquídeas olho de boneca estão fabulosas por todos os lados. Os flocs, que florescem no verão, com o calor que substituiu o nosso inverno, estão começando a florescer agora. E os hibiscos, ah, os hibiscos estão fantásticos: o branco com vermelho está sempre com cerca de dez flores abertas, cada pé, às vezes mais, o vermelho dobrado também está seguidamente florescido, com quatro, cinco, seis flores abertas de uma vez só. E o hibisco alaranjado, então, dá dúzias de flores todos os dias. Sem contar os outros tipos, mais uns dez deles.

   O inverno que não veio, neste ano de 2015, trouxe muitas flores para o meu jardim. Pena que a falta de inverno não seja um bom sinal para o que vai ser o nosso verão. Quão quente será o final do ano e início do próximo, nesta terra brasileira de Deus? Com tempos tão quentes, como ficarão as flores do meu jardim? Como ficarão as culturas de alimentos, por todo o país? Como ficaremos nós, seres humanos, se os reservatórios de água e nossos rios continuarem secando?

 

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