CASTRAÇÃO DE GATOS E CÃES DO BRASIL
Para que ONGs e municípios consigam ampliar a castração de cães e gatos de forma eficiente e alinhada com políticas públicas, é necessário um plano articulado, técnico, legal e estratégico. Abaixo estão os passos fundamentais para alcançar o maior número possível de castrações no Brasil, com foco na eficácia, sustentabilidade e apoio institucional:
1. Elaborar um Plano Municipal de Controle Populacional
- Formalizar um Plano de Castração Ética com metas claras, cronograma, indicadores e áreas prioritárias (bairros com maior abandono e superpopulação).
- Incluir o plano nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Plano Plurianual (PPA) do município.
2. Firmar Convênios e Parcerias
- Com clínicas veterinárias locais (credenciamento para mutirões).
- Com universidades de Medicina Veterinária (estágios supervisionados e castrações em massa).
- Com ONGs e protetores como agentes mobilizadores e cadastradores das famílias em vulnerabilidade social.
- Buscar apoio da Secretaria de Saúde ou Meio Ambiente, dependendo da estrutura municipal.
3. Buscar Recursos Federais e Estaduais
- Participar de chamadas públicas do Governo Federal, via Ministério do Meio Ambiente ou Ministério da Saúde, quando disponíveis.
- Alguns estados têm editais específicos ou programas permanentes de bem-estar animal (ex: São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná).
- Inscrever projetos em emendas parlamentares: deputados estaduais e federais podem destinar recursos à causa animal.
- ONGs podem se cadastrar no SICONV/Plataforma TransfereGov, para receber recursos de convênios federais.
4. Implantar Sistema de Cadastro e Agendamento
- Criar um banco de dados digital (ex: Google Forms, Planilhas ou sistemas específicos) com:
- Nome do tutor
- Número de animais
- Renda familiar
- Bairro/localidade
- Isso garante transparência e priorização dos atendimentos.
- ONGs podem apoiar com o mapeamento e a triagem dos beneficiados.
5. Usar Unidades Móveis de Castração (Castramóveis)
- Cidades médias e grandes podem adquirir ou requisitar Castramóveis, que realizam mutirões em bairros periféricos e comunidades rurais.
- Importante garantir equipe técnica (veterinários e auxiliares), licença do CRMV e alvarás da vigilância sanitária.
6. Realizar Campanhas Educativas e de Conscientização
- Mostrar que castrar é um ato de saúde pública e de amor ao animal.
- Usar rádios locais, redes sociais e escolas para divulgar.
- Parcerias com influenciadores locais e protetores ajudam no alcance.
7. Documentação e Prestação de Contas
- Manter relatórios mensais com:
- Quantidade de animais castrados
- Fotos
- Termos de autorização dos tutores
- Recibos e notas fiscais
- Isso fortalece a credibilidade da ONG ou da prefeitura, permitindo continuidade e novos apoios.
Exemplos Inspiradores no Brasil:
- São Paulo (SP): Programa Permanente com clínicas credenciadas.
- Porto Alegre (RS): Castramóvel com agendamento por WhatsApp.
- João Pessoa (PB): Convênios com universidades públicas.
- Feira de Santana (BA): Projeto com mutirões mensais e apoio do Ministério Público.
Conclusão:
ONGs e prefeituras que desejam liderar a castração em massa no Brasil precisam planejar, captar recursos, envolver a comunidade e garantir qualidade e continuidade. Não basta boa vontade: é preciso gestão eficiente, articulação política e atuação transparente.
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