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Parceria com a Fundação Milton Campos

Capinzal, Ouro e Zortéa lançam Seminário Drogas Por Quê? Desafios para a Educação.
A Prefeitura de Capinzal através de sua Secretaria da Saúde e Desenvolvimento Social fez o lançamento e sensibilização para a realização do Seminário Drogas Por Quê? ... Desafios para a Educação com palestra ministrada pela psicóloga de Brasília (DF), Doralice Oliveira Gomes, realizado no Centro Social São Francisco de Assis, anexo a Igreja Matriz da Paróquia São Paulo Apóstolo, na sexta-feira, 07 de Novembro, com início às 20h.
O evento é uma parceria da Prefeitura com a Fundação Milton Campos (FMC) para Pesquisas e Estudos Políticos e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAC) sendo elaborado o projeto “Drogas Por Quê? Desafios para a Educação” onde são promovidos Seminários de Capacitação por todo o Brasil, votado para a formação de diretores e coordenadores de escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio, representantes dos serviços de saúde e assistência social, policiais e ainda entidades que trabalham no combate ao uso indevido de drogas. Em Capinzal serão dois dias de eventos (27 e 28 de Novembro), sendo que o interessado deverá participar em apenas um destes dias. Seja você também multiplicador desta ideia: Seu papel é fundamental – Participe! Inscrições pelo fone da Secretaria de Saúde e Desenvolvimento Social de Capinzal (49) 3555-8787 ou 9801-0676. Carga horária: 08 horas, das 8 às 17h. número de vagas: 500 por dia. Locais dos Seminários: Unoesc Campus de Capinzal, Escola Municipal Viver e Conhecer, Escola de Educação Básica Mater Dolorum, Grupo Escolar Municipal Horizonte – Núcleo I (Zortéa) e Clube Esportivo Floresta (Ouro).
O ex-juiz de direito da Comarca de Capinzal, Alexandre Dittrich Burh foi por 11 anos juiz da infância e da juventude e acerca de seis anos exerce ambas as funções no Fórum da Comarca de Joaçaba, sendo que desde o início de sua carreira como magistrado vem lidando com crianças e adolescentes. Doutor Alexandre vivência os grandes problemas que o nosso jovem enfrenta, sendo que um deles estão ligados as drogas, quando se fala em drogas se fala em todas as espécies (lícitas e elícitas), sendo que se observa o uso está na base de muitos adolescentes que começam praticando pequenos atos infracionais e depois na fase adulta acabam cometendo crimes registrados na Vara Criminal.
Para o Doutor Alexandre, esse trabalho que tem eminentemente cunho educativo e preventivo é fundamental para o combate desse mal que aflige não só as comunidades do Meio Oeste Catarinense, mas todo o Estado, Brasil como um todo e o mundo afora sendo considerado um grande problema a ser enfrentado pela civilização humana neste terceiro milênio. “É com alegria que estamos aqui presenciando e testemunhando essa inciativa da Secretaria de Saúde e Desenvolvimento Social de Capinzal, pois devem receber o apoio de nós autoridades para que isso seja início de um grande trabalho”, assim Doutor Alexandre enalteceu o lançamento e sensibilização do Seminário.
Segundo Doutor Alexandre, vem observando a tendência não só na América latina, principalmente nos Estados Unidos, a liberação controlada do uso da maconha e existe uma discussão muito grande se esta é uma solução ou boa estratégia para o combate sobre o aspecto do tráfico de entorpecentes. Existem estudos que mostram a legalização do uso controlado da maconha diminuiu o tráfico de entorpecentes, então todas essas quadrilhas de traficantes vem perdendo o seu espaço por que a droga é vendida licitamente e controladamente. Conforme Doutor Alexandre, sobre este aspecto há uma melhora, porque o usuário não precisa mais subir o morro atrás do traficante (que é um criminoso) para adquirir, porque pode comprar licitamente de forma controlada. Por outro lado, não tem estudos conclusivos se isso é bom para os usuários, se vai diminuir ou aumentar o consumo, se isto serve como propaganda para consumir. Também não se tem estudos conclusivos sobre as reações que ela faz com o nosso corpo, sendo que alguns informações dão conta de que algumas substâncias dela são terapêuticas e não todas. Esses estudos então em andamento, podendo ser assistidos na mídia, mas ainda não há conclusões, portanto, também pode ser muito perigoso.
“O Uruguai vem fazendo a tentativa, pois acredito na boa vontade do Presidente uruguaio, não vejo ele querendo lideralizar sem controle e sem pensamento; enxergo boa-fé nele, mas não se sabe os resultados. Estamos aí observando e com certeza no Brasil já tem movimentos em alguns estados e segmentos da sociedade, ainda deputados estaduais e federais defendendo isso, sendo um dos debates que teremos de enfrentar”, cientificou Doutor Alexandre a realidade do momento.
Perguntado sobre o envolvimento na região do menor idade na entrega e consumo de drogas, assim Dr. Alexandre informou: Citou um bairro bem localidade em Joaçaba, podendo ser observado o adolescente (a partir de 12 anos), estão sendo usados pelos traficantes para a distribuição, sendo neste momento que a polícia consegue fazer algum flagrante, flagrante este justamente em cima de um menor idade. Quem trabalha por trás (traficante de maior idade) não está aparecendo, geralmente sai ileso da atuação da polícia, então há uma certa dificuldade devido ao uso de adolescentes.
O fantástico do lançamento deste Semanário é a questão prevenção, trabalhando com crianças e adolescentes que estão na fase de formação, porém, não fazem uso, mas sabemos que o mundo está repleto de ofertas, seja nas escolas, universidades e em todos os momentos da vida. “Vamos preparar esses jovens para saber dizer não, tendo coragem para tanto, mas para isto também precisamos muni-los de atividades saudáveis, fazendo valer a velha frase – temos de investir em educação, esporte e eventos sadios para ocupar seu tempo, consequentemente não terá tempo para as drogas”, assim Doutor Alexandre enalteceu a iniciativa do lançamento.
É fundamental de que as famílias estejam estruturadas, na responsabilidade dos pais darem exemplos, o que acaba dando suporte para as crianças e adolescentes crescerem de forma sadia. Famílias com algum nível de desestrutura, onde algum genitor tem problema com as drogas ou com alcoolismo, isto acaba propiciando o adolescente também seguir este caminho, devido ao exemplo que vale mais do que mil palavras.
O convite para participar e se manifestar quanto ao assunto, deve pela a função que exerce Doutor Alexandre, sendo que o mesmo disse algumas palavras de incentivos e testemunho de seu trabalho no sentido de fortalecer esse trabalho e iniciativa que está se iniciando.
De acordo com a necessidade e a ideia de se trabalhar com prevenção, sendo a segunda grande ação que é trazida para Capinzal e região em menos de um ano, pois é notório que a droga é um problema social para as famílias no mundo inteiro, sendo que a alternativa encontrada é trabalhar com as crianças nas escolas, entidades, igrejas. Para o secretário e vereador licenciado Kelvis Borges a Secretaria de Saúde e Desenvolvimento Social apenas trouxe a ferramenta e está sendo o grande motivador, contando sempre com a motivação do prefeito Andevir Isganzella, sendo um dever de todos fazerem a sua parte em prol da saúde pública. Segundo Kelvis, o Prefeito tem uma preocupação em dar sequência a este trabalho, sendo uma semente que está sendo plantada em despertar o interesse de fazer a capacitação e colocar na prática em 2015 o conhecimento obtido.
“Todo mundo sabe que as drogas é o grande mal do século e já estava preocupado por estar no segundo ano de mandato, até porque, consta no Plano de Governo um trabalho muito sério em termos de prevenção, portanto surgiu essa ideia com a Fundação Milton Campos, abraçamos ela e estendemos para outros municípios para ser combatida em rede de proteção para que os jovens não venham a cair nessa armadilha e diminuir os pontos fracos onde principalmente os adolescentes acabam entrando nas drogas”, assim esclarece o prefeito Andevir. Prossegue Ele, a questão da droga é muito séria, por tirar vidas e sonhos, deixa sequelas profundas, cria marcas de tristeza nas famílias e gera um problema social grave em torno de noventa por cento gerado pela violência causado pelas drogas lícitas e ilícitas. É preciso que a sociedade se mobilize e ajude a fazer o combate, sendo que também é contado com a colaboração da imprensa que está envolvida com a coletividade, propagando e sendo multiplicadores, todos juntos fazendo uma guerra inteligente contra as drogas.
A intenção do Executivo é encaminhar para Câmara de Vereadores no final ou no início do próximo ano um projeto de Lei para que se possa transformar numa disciplina dentro da escola, trabalhando na prevenção contra as drogas, fazendo valer propostas do Plano Plurianual Participativo (PPA) dentro do currículo escolar como se fosse uma matéria ou aulas permanentes na prevenção das drogas e de educação de trânsito. “São duas matérias que pretendemos instituir, pois são duas matérias que sentimos um problema muito grande em nossa sociedade e temos de combate-la”, assim Andevir informa ser uma das prioridades de seu governo.
Quando Luiz Carlos Thomazoni era prefeito de Capinzal, Ele deu a liberdade para Andevir criar o Conselho de Entorpecentes, então Andevir foi presidente por dois mandatos a Gisela Nara Martins (Lela) por um período. Foi iniciado e depois parado o trabalho, então é preciso novamente criar um Conselho não só local, mas intermunicipal. Andevir lembrou de um projeto que há anos o atual vice-prefeito de Capinzal, Wilson Luiz Farias entrou na Câmara Municipal quando era Vereador, sendo que é a pretensão rever essa iniciativa e montar núcleos de pais, professores, enfim, de todas as pessoas interessadas a combater esse mal, fazendo uma corrente do bem, mas o fazer com sabedoria e estratégica, se não o efeito pode ser contrário ao esperado. Segundo Andevir, é preciso trabalhar com a verdade sobre a realidade das drogas, para que os jovens realmente possam ter a liberdade de fazer uma escolha livre, mas sem o uso das drogas. Para Andevir é preciso educar, porém, precisa de todo um acompanhamento por se tratar de uma situação complexa, usando da inteligência para não promover a droga, sendo preciso analisar o material e preparar bem os multiplicadores na orientação contra o malefício sem motivar a curiosidade pela mesma.
Não é preciso ser usuário de drogas para ser vítima da mesma, pois ninguém está livre dos problemas, levando em conta até um condutor de veículo drogado pode causar atropelamentos ou provocar outros acidentes, ainda praticar assalto, sequestro e muito mais. Por isto Andevir pede que todos devem se envolver e passem a ser parceiros nessa grande missão de uma sociedade sem drogas.
A psicóloga Doralice Oliveira Gomes falou na palestra principalmente de um projeto a Fundação Milton Campos vem desenvolvendo no Brasil que está sendo implantado em Capinzal, Ouro e Zortéa de prevenção ao uso de drogas, pensando no educador, na escola integrada com a Assistência Social – Saúde – Familiares dos jovens, até porque a prevenção é de responsabilidade de todos que podem contribuir de alguma forma. “Vocês da imprensa estão divulgando e informando sobre o Seminário, sendo essa contrição que estão dando para a reflexão da sociedade”, assim Doralice deu um exemplo de participação. Na medida que chega nos municípios, é convidada as pessoas a fortalecer esse grupo de voluntários que podem fazer ações de prevenção. “Estamos em Capinzal pensando em estratégias que sejam adequadas para o Município e região visando atuar na prevenção de uso de drogas”, assim Doralice fortalece a iniciativa.
Para a Palestrante, num momento como este, é uma oportunidade para despertar e sensibilizar, pois na medida que a pessoa tem o material ela pega e lê a cartilha, sendo a mesma elaborada para uma leitura gostosa e de boa linguagem para fazer pensar e ter alternativas em realizar ações. O educador a partir do material recebido pode transformar numa palestra, jogo, gincana, fazer outras atividades dentro da Escola, sendo um material que os pais podem ler e tirar a informação para dialogar com seu filho, pois é um material muito rico em conhecimento.
Há oito anos vem fazendo este Seminário, então é buscado o contato com os profissionais para que possam ter uma rede mais fortalecida, até porque muitas pessoas estão interessadas na temática que estão atuando, porém, de forma isolada. “Dentro da proposta de nosso Seminário, possibilita realizar oficinas para realizar ações em conjunto, sendo que temos um site e as pessoas nos informam o que elas estão fazendo, mas não temos ainda a sistemática desse retorno, então vamos aos municípios e disponibilizamos da capacitação, mas não é dada a resposta sobre as atuações dentro de um planejamento que elaboram e colocam em prática, para um melhor acompanhamento do desenvolvimento do projeto”, assim Doralice orienta em passar mais dados para que seja possível multiplicar conhecimento.
Quanto aos agentes multiplicadores participam dos Seminários e vão levar o conhecimento adiante, pois nem todos os professores podem sair da Escola para poder participar, à medida que um grupo representa o educandário e recebe a informação e é dada a orientação, então venha a promover a multiplicação daquele conhecimento, algo que aconteceu de forma pontual, se amplia de maneira natural. “A gente incentiva e dá condições para tanto”, assim define Doralice a eficiência das ações.
A nossa Reportagem pediu a palestrante se é mais fácil orientar a criança do que o adolescente? Ela assim respondeu: É diferente, porque a criança tem uma linguagem, uma forma de perceber e o adolescente tem outra, e sim, vai exigir habilidade do profissional e até dos pais em termos de eficiência no caso. Essa habilidade é uma sensibilidade, as vezes não de tanto conhecimento em si, mas a forma de que uma pessoa lida com o outro, seja a realidade, a dificuldade, as vezes nem é o conselho que faz a diferença, porém, uma escuta de alguém que se interessa pela vida de terceiro, sendo uma ação de prevenção.
O poder público em nível nacional vem desenvolvendo ações com grupos específicos, por exemplo tem um curso de formação para educadores de prevenção ao uso de drogas, na universidade em Brasília (DF), sendo que a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas que financia, estando na sétima edição, sendo que em torno de cem mil educadores foram capacitados. “Essa área de capacitação, vejo o Governo atuando de forma mais maciça diria assim, para fortalecer as bases. É preciso fazer mais? É, porque é um tema que está presente na vida de todos e os profissionais da escola, da saúde, da assistência social, centro de referência e outros que lidam com isto no seu dia a dia. Na família que tem problema com bebidas alcoólicas e cigarros, essas drogas estão fazendo parte da vida da criança. O Governo vem atuando dentro da linha da capacitação e do fortalecimento dos agentes. Quando o Governo Federal investe na política pública, o fazem com um curso de maior tempo de duração, em torno de 120 horas, no caso da Fundação Milton Campos se dá através de Seminário, sendo o que tem de diferencial é o presencial. O Governo Federal financia cursos a distância, o que diminui muito a qualidade, já o da Fundação se tem contato com o profissional, sendo algo bem interessante em eficiência.
Por quê droga? Pergunta feita a Palestrante que assim respondeu: Droga está presente em todos nós, não sendo um tema de hoje, e sim, sempre se faz presente na sociedade. É importante saber como está presente no momento atual, pois em cada período tem uma realidade, e difere de século, e de décadas. Para que possamos ter uma juventude mais fortalecida, com poder de decisão, que possa cuidar melhor de si, possibilitando que as crianças possam expressar o que pensam e sentem, pois também tem uma visão sobre o assunto presente no dia a dia. O consumo de drogas está no cotidiano das pessoas, não podendo ignorar também o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarros, mesmo sendo lícitas, devendo encontrar alternativas para lidar com ambos, por ser um problema de saúde pública. Se o cidadão bebe e dirige, já está colocando em risco a integridade física de outras pessoas. As drogas licitas também trazem um problema muito grande na saúde individual e coletiva.
O universos das drogas é múltiplo, pois tem as que são utilizadas num tratamento para uma depressão ou ansiedade que é uma droga também, mas ela tem sua importância e apresenta a necessidade de uso social, então não podemos tratar de forma generalizada sem levar em conta que cada uma delas é preciso de uma atenção especial. Ainda, cada faixa etária deve ter a atenção especial, que o pessoal que está lá no casamento celebrando com sua champanhe e brindando, sendo o uso de uma droga, mas de uma forma responsável, o que pode ser feito. “Vamos refletir de como as drogas estão presentes em nossas vidas, podendo ter o lado crítico, até catastrófico trazendo muita dor e sofrimento, mas tem outros tipos de drogas que são até necessárias”, assim Doralice esclarece as dúvidas.
Parceria das prefeituras de Capinzal, Ouro e Zortéa com a Fundação Milton Campos.
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