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Vegetarianos e Pescetarianos

Mario Eugenio Saturno (cienciacuriosa.blog.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 O ser humano pode descartar de sua dieta a carne vermelha, e viver quase que exclusivamente de vegetais, mas acrescentar peixe pode ser a chave para a prevenção dos cânceres no cólon e no reto, conforme um estudo científico feito por sete anos e publicado recentemente no Journal of American Medical Association. Quem adere a essa dieta é chamado de pescetariano.

A pesquisa, feita por cientistas da Universidade de Michigan, verificou que um pescetariano tem chance 43% menor de contrair câncer em comparação com as pessoas com dietas onívoras. O tipo de câncer colorretal é o terceiro tipo de câncer mais diagnosticado e a terceira principal causa de morte por câncer nos Estados Unidos da America em 2014, de acordo com a Sociedade Americana de Câncer. A doença é particularmente perigosa porque é geralmente assintomática em seus estágios iniciais, tornando-a mais difícil de detectar quando pode ser tratada com mais sucesso.

O estudo acompanhou quase 78 mil pessoas e acrescentou evidências dos benefícios para a saúde de uma dieta baseada em vegetais. Outros estudos já mostraram que uma dieta baseada em plantas leva a uma queda da pressão arterial semelhante a quem faz de 30 a 60 minutos de exercício por dia.  E até mesmo leva à perda de peso.

Enquanto a evidência mostra os benefícios de saúde da redução do consumo de carne vermelha, o estudo recente destaca as diferenças entre a dieta totalmente vegetariana e uma dieta pescetariana. Dentro do grupo de amostra, houve uma queda de 27% no risco de contrair câncer colorretal. Acredita-se que os ácidos graxos, o ômega-3, pode ser a chave para um baixo risco. Outros pesquisadores já verificaram que o ômega-3 têm atividade anti-câncer e que pode prevenir e tratar câncer colorretal.

Quem abandona as carnes vermelhas tem que estar atento à vitamina B12. Em outra pesquisa recente da Universidade de Michigan envolvendo crianças do ensino fundamental em Bogotá, Colômbia, descobriu-se que a deficiência de vitamina B12 está associada às faltas na escola e a reprovação de ano.

A equipe descobriu que os estudantes que tinham deficiência em vitamina B12 apresentavam 2,5 vezes maios risco de repetir um ano, e tiveram o dobro de faltas a mais do que aqueles que não estavam deficientes.

A vitamina B12 é necessária para o desenvolvimento do cérebro. A deficiência desta vitamina muito cedo na vida ou na velhice tem sido associada a problemas cognitivos e comportamentais, mas não se sabia se ela poderia estar relacionado a dificuldades acadêmicas durante a idade escolar.

A pesquisa consistiu em tomar amostras de sangue de 3.156 alunos, com idades entre 5 e 12 anos de escolas primárias públicas. Mediram a quantidade de ferritina (proteína associada ao ferro nos organismos), hemoglobina, volume corpuscular médio (diagnóstico do tipo de anemia), zinco, vitamina A, ácido fólico e vitamina B-12.

Eles descobriram que 15% das crianças em idade escolar tinha status de vitamina B12 marginalmente deficiente e outro de 2% eram deficientes. O risco global de repetência foi de 4,9% e a taxa de absentismo (falta) foi de 3,8 dias por criança em mais de um ano de observação. De todos os micronutrientes estudados, apenas vitamina B12 teve impacto sobre repetência. Um importante dado para os nutricionistas das escolas públicas.

 

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