Vereadores consideraram manifestação de médico inoportuna e ofensiva

A sessão que prestou homenagem aos 80 anos do Hospital São Francisco
A sessão que prestou homenagem aos 80 anos do Hospital São Francisco, na terça-feira, rendeu muitos elogios na sessão de quarta-feira, 5, mas se tornou um dos principais assuntos da reunião, devido uma das manifestações feitas na tribuna, durante o ato solene. O vereador Gilberto Romani, líder da bancada do PT, solicitou que o Legislativo envie Nota de Desgravo ao médico, que em seu pronunciamento fez duras críticas ao Programa Mais Médicos e em especial aos profissionais cubanos. A manifestação foi dirigida ao vereador Arlan Guliani (PT), defensor do programa, relatado por diversas matérias na imprensa local. Entre os vereadores foi unânime de que a fala do profissional foi inoportuna, infeliz e ofensiva.
A possibilidade do envio da nota ainda será discutida entre os líderes de bancada, mas antes deste consenso, Artêmio Ortigara (PMDB) se manifestou contrário, por entender que seu nome esteve envolvido na polêmica, que originou várias matérias em torno da atuação dos médicos cubanos. O peemedebista lembrou-se da ocasião em que levou à tribuna da Câmara um possível erro médico, quando da prescrição de um medicamento por um cubano que atende em um posto de saúde do município. “Na época recebi muitas críticas porque a administração apurou que não houve erro e enalteceu o programa e os profissionais em matérias veiculadas pela imprensa. Mas os meios de comunicação não ouviram minha posição”, argumentou, apesar de reconhecer que a fala do médico na noite de terça-feira, foi inoportuna e infeliz.
Arlan afirmou que as declarações durante a homenagem lhe deixaram chateado. “Deixo claro que se trata de um brilhante profissional, mas foi deselegante. Fui atacado por defender o programa que tem trazido avanços para a saúde e não me arrependo disso”, comentou o vereador, ressaltando que ninguém é obrigado a concordar com o programa, mas nem por isso, precisa tratar os profissionais, que nele atuam, dessa maneira. “Essa comunidade não merece cubano. Nós somos gente. Cubano não, querido. Cuba não é melhor que o Brasil. Estas foram algumas das frases usadas no pronunciamento do profissional, que considero exemplar”, desabafou Arlan.
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