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Prof. Dr. Adelcio Machado dos Santos DJornalista (MT/SC 4155)
Em primeiro lugar, a educação socioemocional vem amealhando espaço como um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento integral do ser humano. Em um mundo cada vez mais dinâmico, competitivo e exigente, torna-se evidente que apenas os conhecimentos técnicos e acadêmicos não são suficientes para formar cidadãos conscientes, equilibrados e colaborativos.
Nesse contexto, o lazer surge não apenas como uma atividade acessória ou recreativa, mas como uma ferramenta pedagógica e emocional essencial no processo formativo, contribuindo significativamente para o desenvolvimento de competências socioemocionais.
O lazer é tradicionalmente associado a momentos de descanso, diversão ou entretenimento. Contudo, sua função vai muito além da simples quebra da rotina ou fuga do trabalho. Ele é um espaço-tempo onde se exercitam a criatividade, a empatia, o autocuidado, a cooperação e a resiliência – elementos centrais da educação socioemocional. Atividades de lazer, quando orientadas de maneira consciente, promovem vivências que estimulam o autoconhecimento e o relacionamento interpessoal, favorecendo a saúde mental e emocional dos indivíduos.
Destarte, nas escolas, o lazer pode ser integrado ao currículo de maneira transversal. Jogos cooperativos, práticas esportivas, expressões artísticas, oficinas de música, dança e teatro, por exemplo, criam ambientes propícios para que os alunos experimentem emoções, lidem com frustrações, trabalhem em equipe e desenvolvam a comunicação assertiva. Essas práticas não substituem o conteúdo formal, mas complementam a formação ao proporcionarem experiências que fortalecem a inteligência emocional.
Ademais disso, o lazer na educação permite a criação de vínculos afetivos positivos entre alunos, professores e comunidade, tornando o ambiente escolar mais acolhedor e motivador.
Do ponto de vista psicológico, o lazer é também uma válvula de escape para o estresse e a ansiedade, problemas crescentes entre crianças e adolescentes. A pressão por desempenho, as cobranças externas e internas e a hiperconectividade digital têm levado muitos jovens a quadros de esgotamento emocional. O lazer, nesse cenário, age como um recurso preventivo e terapêutico.
Ele oferece momentos de pausa e reflexão, permitindo que o sujeito se reconecte consigo mesmo e com os outros. Por meio de atividades prazerosas e significativas, é possível trabalhar aspectos como a autoestima, o controle da raiva, a tolerância à frustração e a capacidade de lidar com perdas.
Posto que a importância do lazer seja reconhecida, seu acesso ainda é desigual. Muitos estudantes, especialmente os de baixa renda, não contam com espaços adequados ou oportunidades para usufruírem de atividades lúdicas e culturais em seu cotidiano. Isso reforça a necessidade de políticas públicas e iniciativas escolares que democratizem o acesso ao lazer de qualidade, garantindo que todos os alunos possam se beneficiar dos efeitos positivos dessa prática. A escola, como espaço privilegiado de socialização, tem o papel de promover o direito ao lazer como parte integrante do processo educacional.
Por conseguinte, importa destacar que o lazer não se resume à ausência de obrigações, mas se caracteriza por sua natureza voluntária e prazerosa. A liberdade de escolha e o envolvimento ativo do sujeito são fatores determinantes para que o lazer seja, de fato, significativo. Quando o educando participa de atividades que respeitam seus interesses e valores, ele se sente mais motivado e engajado, fortalecendo sua autonomia e senso de pertencimento. Essa conexão afetiva é essencial para o desenvolvimento de competências como a responsabilidade, a empatia e a colaboração – habilidades essenciais no século XXI.
Ademais disso, em tempos de avanço tecnológico e mudanças sociais aceleradas, o lazer também precisa se adaptar. A gamificação, por exemplo, tem sido uma ferramenta interessante para unir diversão e aprendizado, promovendo o desenvolvimento cognitivo e socioemocional ao mesmo tempo. Ambientes digitais interativos, quando bem planejados, podem incentivar o trabalho em equipe, a resolução de problemas e a persistência diante de desafios.
Contudo, faz-se mister cuidado para que o lazer digital não se transforme em isolamento ou dependência, mas sim em oportunidade de integração e crescimento emocional.
Por via de consequência, o lazer deve ser compreendido como um direito e uma necessidade humana, e não como um luxo ou perda de tempo. Ele desempenha um papel pedagógico relevante ao possibilitar experiências que fortalecem o equilíbrio emocional, a convivência saudável e a autorregulação. Incorporar o lazer de forma consciente à educação é um passo importante para a construção de uma escola mais humana, inclusiva e capaz de formar indivíduos preparados não apenas para o mercado de trabalho, mas para a vida em sociedade.
Em epítome, o lazer é um aliado poderoso da educação socioemocional. Ao criar espaços de expressão, interação e reflexão, ele contribui para o florescimento das potencialidades humanas em sua totalidade.
Por final, em um tempo marcado por incertezas e desafios complexos, educar para o bem-estar, a empatia e a felicidade é um compromisso urgente – e o lazer pode ser a ponte entre o conhecimento e a emoção, entre a escola e a vida.
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