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Faesc elogia defesa técnica e política do agronegócio brasileiro no exterior

Agronegócio brasileiro no exterior

 

As decisões da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para defender os produtos agrícolas e promover o agronegócio brasileiro no exterior agradaram o setor produtivo nacional. Entre essas medidas, a campanha com Pelé como garoto-propaganda e a publicação de documento mostrando o tamanho do impacto à produção agrícola europeia se regras ambientais vigentes no Brasil fossem aplicadas também àquele continente foram elogiadas pela Federação da Agricultura de Santa Catarina.

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, acredita que essas iniciativas mostram o cinismo e a hipocrisia dos países desenvolvidos, “rápidos em impor exigências ambientais para países dos quais importam alimentos, mas sem nenhuma disposição para cumprir regras semelhantes”.

A Confederação, conforme anunciou a presidente Kátia Abreu, focalizará seu trabalho nas chamadas matas ciliares, a cobertura vegetal que margeia os cursos d'água. Técnicos da entidade mapearão, através de imagens de satélite, propriedades instaladas às margens de cinco grandes rios da Europa – Reno, Danúbio, Tâmisa, Sena e Douro - e simularão quais seriam as perdas em valor bruto de produção caso cumprissem legislação semelhante de recomposição florestal.

Pedrozo acredita que a conclusão desse relatório causará embaraços aos ambientalistas europeus, que são os que mais cobram dos paises em desenvolvimento, viram as costas para os seus próprios problemas – pois as florestas nativas da Europa não existem mais.

A posição da CNA havia sido manifestada no início deste ano no Fórum Mundial da Água, em Marselha (França), quando a presidente Kátia Abreu lançou uma campanha em defesa da recomposição global de matas ciliares. A entidade sustentou a mesma proposta na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A campanha foi pactuada com outras duas entidades brasileiras para que a discussão tenha um caráter técnico – a  Embrapa e Agência Nacional de Águas (ANA).

Para o presidente da Faesc, “a CNA tem razão nessa questão. Por que só o Brasil vai cumprir essas regras? Deve haver simetria entre os países”. Atualmente, no Brasil, há consenso sobre a importância da mata ciliar: o novo Código Florestal redefiniu a largura da faixa de vegetação necessária dependendo do tamanho do rio e da propriedade rural e, agora, pode atingir até 100 metros para cada margem do rio.

Pedrozo considera oportuna a iniciativa porque o relatório da Confederação sobre o impacto aos bolsos europeus se fossem sujeitos às mesmas exigências de matas ciliares que os brasileiros surge no momento em que a Comissão Europeia rediscute as bases de sua Política Agrícola Comum (PAC). Reformulada a cada sete anos, a cartilha de regras para concessão de US$ 75 bilhões ao ano em subsídios rurais propõe atrelar até 30% dos aportes às contrapartidas ambientais.

O presidente da Faesc destacou o arrojo da presidente Kátia Abreu que contratou equipes de comunicação nos Estados Unidos e em Londres, como parte da estratégica de ampliação do lobby agrícola brasileiro no exterior. Além disso, a Confederação Nacional da Agricultura inaugurará neste ano escritórios em Bruxelas e Pequim para abrir novos mercados e mudar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior. Outra ação arrojada é a campanha de marketing de três anos para promover carros-chefes da pauta agrícola brasileira, como o café, o suco de laranja e as carnes, cujo “garoto-propaganda” é Pelé.

 

 

Foto 3 – José Zeferino Pedrozo, presidente da Faesc

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